Agro não pode pagar pelos criminosos, diz governador do MT à CNN sobre queimadas
O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), defendeu a criação de medidas ambientais mais rígidas para punir crimes contra o meio ambiente.
Em entrevista ao CNN 360°, Mendes argumentou que o agronegócio brasileiro não pode ser prejudicado por uma minoria que comete infrações.
Segundo o governador, o Código Florestal brasileiro é “sem dúvida, a lei ambiental mais restritiva do planeta”.
No entanto, ele ressaltou que uma pequena parcela de produtores ainda descumpre a legislação: “Quem não cumpre ela de forma deliberada, que desmata além daquilo que pode, que comete esses crimes ambientais, é menos de 2%”.
Proteção da imagem do agronegócio
Mendes enfatizou a importância de proteger a reputação do setor agrícola brasileiro: “Nós não podemos prejudicar o país, a imagem do agronegócio brasileiro, as nossas relações com os comércios internacionais que nós fazemos a partir do agro, por causa de 2% das pessoas”.
O governador relatou que, em uma reunião com 50 presidentes de sindicatos rurais, houve consenso sobre a necessidade de penalizar severamente os infratores.
“É melhor nós penalizarmos duramente 2% do que deixar 2% penalizarem o nosso país, o meio ambiente e os nossos mercados com os quais nós desenvolvemos atividade a partir do agro brasileiro”, afirmou.
Expectativa de apoio do Congresso Nacional
Mauro Mendes expressou confiança de que o Congresso Nacional compreenderá a importância de adotar medidas mais rigorosas contra crimes ambientais.
Ele acredita que, com a implementação dessas medidas, será possível ‘banir alguns crimes ambientais’ e que esse exemplo possa ser aplicado em outros setores da legislação brasileira.
“Tenho absoluta convicção de que adotando-se essa medida mais dura e mais restritiva, praticamente nós vamos banir alguns crimes ambientais e que esse exemplo possa servir para outros campos também da normativa brasileira, banir alguns tipos de crimes também tão recorrentes e tão persistentes no nosso Brasil”, concluiu o governador.
afonsobenites