Cenário Habitacional da Bahia: Dados do Censo 2022 revelam tendências e disparidades regionais

Bahia apresenta predominância de imóveis próprios, mas crescimento de alugados reflete mudanças no cenário habitacional.

Os dados do Censo Demográfico de 2022 indicam que 79,7% da população da Bahia viviam em imóveis próprios, correspondendo a 11.240.675 habitantes. Desses, 73,3% dos domicílios estavam quitados, enquanto 5% estavam em processo de financiamento. Os imóveis alugados representaram 15,9% do total de domicílios no estado, abrigando 14,7% da população. Já as residências cedidas somaram 5,1% do total.

Na comparação nacional, a Bahia teve o sexto maior percentual de pessoas vivendo em imóveis próprios e o quarto maior de domicílios quitados. Em contrapartida, ocupou o sexto menor percentual de moradores em imóveis alugados e o terceiro menor de residências cedidas.

A capital, Salvador, apresentou uma dinâmica distinta, com 75,4% da população vivendo em imóveis próprios. No entanto, os domicílios alugados chegaram a 21,4% do total, marcando uma tendência de crescimento desde 2000. Na capital, 3,3% dos moradores ocupavam imóveis cedidos, o que representa uma das menores proporções entre as capitais do país.

Nos 417 municípios baianos, todos apresentaram maioria da população vivendo em imóveis próprios. Em 355 deles, mais de 75% dos habitantes ocupavam residências dessa categoria. Ibitiara, Guajeru e Ipecaetá lideraram com os maiores percentuais. Luís Eduardo Magalhães destacou-se pelo maior número de moradores em imóveis alugados, enquanto Jussari teve a maior proporção de domicílios cedidos.

Quanto à infraestrutura, 98% da população baiana morava em domicílios com paredes de alvenaria ou taipa revestida, superior à média nacional de 94,6%. Salvador apresentou um índice ainda maior, com 98,7% de residências construídas com esses materiais. Apesar disso, cerca de 2% da população do estado vivia em moradias feitas com materiais considerados inadequados.

Além disso, o levantamento revelou que 16,6% da população baiana viviam em domicílios com mais de dois moradores por dormitório, um índice que reflete desigualdades na densidade habitacional. Esse cenário pode ter implicações na qualidade de vida, especialmente em áreas urbanas.


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Redação do Jornal Grande Bahia

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