Conexão do aluno tem que ser com a escola, e não com o celular, diz secretário do RJ à CNN
O secretário de Educação do Rio de Janeiro, Renan Ferreirinha, falou ao CNN 360° sobre a implementação da proibição do uso de celulares nas escolas do estado.
Segundo ele, a medida tem sido bem-sucedida, com 62% das instituições apresentando plena adesão à nova regra.
Ferreirinha destacou que antes da proibição, o uso de celulares era muito comum em 95% das escolas, com apenas 5% adotando alguma forma de restrição espontaneamente.
“Hoje nós temos 62% com plena adesão e 38% não quer dizer que não está proibindo, mas que eles estão enfrentando algumas dificuldades naturais nesse processo”, explicou.
Apoio de educadores e pais
O secretário ressaltou o apoio recebido dos educadores e dos pais. “Para os professores, para os educadores, essa é uma medida muito importante, eles os abraçaram muito, eles nos estão ajudando bastante”, afirmou.
Quanto aos responsáveis, Ferreirinha estima que 95% foram favoráveis à medida desde o início.
Para atender às preocupações dos pais sobre a comunicação com os filhos em casos de emergência, o secretário lembrou que as escolas mantêm seus telefones em pleno funcionamento, como sempre foi no passado.
Adaptação dos alunos
Sobre a reação dos estudantes, Ferreirinha observou uma adaptação gradual e positiva. As crianças até 10 ou 11 anos se adaptaram rapidamente, voltando a brincar de jogos tradicionais e interagindo mais entre si após os primeiros dias.
Já para os adolescentes, o processo tem sido mais lento, mas o secretário acredita que vale a pena.
“Eu costumo falar para os adolescentes e perguntar para eles, qual tipo de escola que vocês querem? Vamos tentar animar mais o grêmio, vamos tentar fazer mais uma coisa na atividade de educação física, pensar em passeios que se apropriar da escola”, comentou Ferreirinha, enfatizando a importância de tornar a escola mais interessante para os jovens.
O secretário concluiu reforçando a mensagem principal da iniciativa: “O importante é passar um recado claro, que a conexão do aluno tem que ser com os amigos, com os professores, com a escola e não com o celular”.
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