Conselho de Segurança da ONU debate a escalada da violência no Haiti

Reunião busca soluções para a crise humanitária e a insegurança crescente na capital haitiana.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se reuniu nesta terça-feira (22/10/2024), em Nova Iorque, para discutir a deterioração da segurança no Haiti, que enfrenta um aumento significativo da violência nas últimas semanas. A chefe do Escritório Integrado das Nações Unidas no país, María Isabel Salvador, compareceu ao encontro em representação do secretário-geral da ONU, António Guterres. A reunião ocorre em um contexto de ataques que resultaram em mortes e ferimentos de dezenas de pessoas em bairros próximos à capital, Porto Príncipe.

Desde o dia 17 de outubro, o Haiti vive uma situação crítica. De acordo com informações do vice-porta-voz do secretário-geral da ONU, Farhan Haq, mais de 4.200 haitianos foram forçados a abandonar suas residências em busca de segurança. A violência tem sido particularmente intensa em áreas como Solino, St. Michel e Tabarre, que estão parcialmente sob o controle de grupos armados. Entre as vítimas, uma criança foi fatalmente atingida durante os confrontos. A falta de acesso a essas áreas tem impedido as autoridades haitianas de prestar socorro às vítimas e levá-las aos hospitais.

O Escritório de Coordenação para Assuntos Humanitários (OCHA) expressou sua condenação aos ataques e destacou que outras organizações humanitárias estão avaliando a situação, planejando a assistência necessária assim que o acesso aos locais afetados for restabelecido. Nesse contexto, uma equipe móvel de saúde apoiada pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) está visitando locais onde as pessoas deslocadas se encontram, oferecendo serviços básicos.

As necessidades das vítimas são urgentes e incluem alimentos, água, cobertores, roupas, fórmula de alimentação para bebês e kits de higiene. O Escritório de Assistência Humanitária da ONU manifestou sua profunda preocupação com a expansão da violência para outras áreas, como o bairro de Pétion-Ville, situado nos subúrbios de Porto Príncipe. A situação é alarmante, considerando que, entre junho e agosto deste ano, as Nações Unidas registraram mais de 1.440 assassinatos no país, um indicativo do crescimento da insegurança e da crise humanitária no Haiti.

*Com informações da ONU News.

Redação do Jornal Grande Bahia

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