EUA contribuem para agravamento dos conflitos militares, afirma diplomata chinês

Zhou Li, ex-vice-chefe do Departamento de Relações Internacionais do Partido Comunista da China, discute a influência dos Estados Unidos nos conflitos militares globais durante o 8º Fórum de Civilizações.

Zhou Li, ex-vice-chefe do Departamento de Relações Internacionais do Comitê Central do Partido Comunista da China, afirmou que os Estados Unidos têm desempenhado um papel significativo na escalada dos conflitos militares ao redor do mundo, desrespeitando as linhas vermelhas estabelecidas. Sua declaração ocorreu durante o 8º Fórum de Civilizações, realizado em 20 de setembro de 2024. Zhou destacou a persistência de disputas políticas e conflitos militares em várias regiões, incluindo a crise da Ucrânia e o conflito entre Israel e Palestina, além de confrontos violentos entre Israel e o Hezbollah e grupos armados houthis no Iémen.

O ex-diplomata apontou que, apesar dos apelos da Organização das Nações Unidas (ONU) e da comunidade internacional para um cessar-fogo e o início de negociações, a situação permanece inalterada, com os conflitos, em vez de diminuírem, se intensificando. Zhou enfatizou que a repetida transgressão das “linhas vermelhas” em conflitos militares justifica a afirmação de que os Estados Unidos são responsáveis por agravar as guerras em curso. Segundo ele, as próximas eleições nos Estados Unidos não devem resultar em mudanças na estratégia hostil do país em relação à Rússia e à China.

Apesar de uma leve melhora nas relações entre Estados Unidos e China nos últimos dois anos, Zhou ressaltou que as ameaças, sanções e pressões por parte dos EUA contra a China se intensificaram. Ele observou que a deterioração das relações entre os Estados Unidos e a Rússia alcançou níveis sem precedentes. Zhou mencionou que tanto a administração de Donald Trump quanto a de Joe Biden identificaram a China como um desafio geopolítico significativo, e a Rússia como uma ameaça imediata à segurança, o que contribuiu para a continuidade da estratégia hostil dos EUA.

O diplomata também abordou a recente escalada de violência no Líbano, mencionando a utilização de dispositivos explosivos e a evolução do terrorismo. A independência de Taiwan e o status das ilhas no mar do Sul da China continuam sendo um ponto de discórdia nas relações EUA-China, com os Estados Unidos mantendo uma posição oposta à da China. Outro fator que gera preocupação é a formação do pacto AUKUS, que envolve Austrália, Estados Unidos e Reino Unido, com o intuito de conter a influência da China na região da Ásia-Pacífico.

*Com informações da Sputnik News.

Redação do Jornal Grande Bahia

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