Federação PT, PCdoB e PV consolida posição como segunda maior força política na Bahia, superando o Avante nas Eleições 2024

A Federação Brasil da Esperança, composta pelos partidos PT, PCdoB e PV, obteve um desempenho expressivo nas eleições municipais de 2024 na Bahia, consolidando-se como a segunda maior força política do estado. A federação elegeu 69 prefeitos e prefeitas, superando o partido Avante, que ficou com 60 prefeituras. Esse resultado marca um avanço significativo para a aliança de esquerda no estado, colocando-a em uma posição de destaque para as eleições estaduais de 2026.

O presidente do PT Bahia, Éden Valadares, enfatizou a importância do resultado.

“Somando as prefeituras conquistadas pelos companheiros do PCdoB e PV, alcançamos 69 prefeituras e nos consolidamos como a segunda maior bancada de prefeitos e prefeitas da Bahia”, declarou Valadares.

Ele ainda destacou que o segundo turno em Camaçari pode reforçar ainda mais o desempenho da federação, com a possível vitória do candidato Luiz Caetano, do PT.

O PSD, liderado pelo senador Otto Alencar, permanece como a maior força política no estado, com a conquista de 115 prefeituras. No entanto, o crescimento da Federação Brasil da Esperança revela uma mudança na distribuição de poder político no cenário baiano. A união entre PT, PCdoB e PV fortaleceu a presença da esquerda em diversas regiões, criando uma base sólida de prefeitos que poderá influenciar o cenário eleitoral de 2026.

Geraldo Galindo, presidente do PCdoB e da Federação, destacou a relevância dessa eleição, a primeira realizada sob a estrutura da federação partidária.

“Foi um desempenho positivo para a Federação na Bahia, sendo esta a nossa primeira experiência em uma eleição municipal nesse formato”, afirmou Galindo.

Ele ressaltou que o resultado traz uma tendência de crescimento para as próximas batalhas eleitorais:

“É uma vitória política importante para o campo da esquerda na Bahia, com potencial de expansão para 2026.”

O sistema de federação partidária, instituído pela legislação eleitoral brasileira, permite a união formal de partidos com afinidades ideológicas, funcionando como uma única entidade durante o processo eleitoral e na atuação parlamentar. Essa configuração tem o objetivo de fortalecer alianças programáticas e promover maior coesão política entre as legendas, o que, segundo Valadares e Galindo, foi fundamental para o sucesso da coligação nas eleições de 2024.

Além da Bahia, a Federação Brasil da Esperança obteve resultados significativos em outras partes do país, consolidando sua posição em estados-chave e ampliando a base de prefeitos alinhados às suas diretrizes. Esses avanços indicam que a estratégia de unificação entre os partidos do campo progressista é um caminho viável para a obtenção de vitórias mais amplas nas próximas eleições estaduais e federais.

Os desafios, no entanto, permanecem. A Federação enfrentará a concorrência de partidos com estruturas fortes, como o PSD e o Avante, e precisará trabalhar para manter e expandir seu eleitorado em um cenário político cada vez mais competitivo. A articulação para as eleições de 2026 já começou, e a Federação Brasil da Esperança aposta no crescimento contínuo e na consolidação de sua presença no cenário político baiano.