“Guerras“ com armas de bolinhas de gel crescem em São Paulo; veja imagens

A prática das chamadas “guerras” com armas de bolinhas de gel tem se espalhado em cidades do estado de São Paulo.

Jovens se organizam pelas redes sociais para confrontos em vias públicas com réplicas de armas que disparam “munições” de gel.

Vídeos postados nas redes na quinta-feira (19), mostram grupos reunidos em Campinas (SP), segurando as armas e trocando disparos.

Veja:

Em um dos vídeos, uma  mensagem questiona: “Alguém tem um ‘bonde’ que queira bater de frente com a gente hoje?”, convocando outros grupos para as ações.

Apesar de os participantes afirmarem que “isso não é crime”, a Polícia Militar de São Paulo já realizou prisões relacionadas a esses encontros, principalmente por causa dos transtornos causados e riscos de acidentes.

Prisões e apreensões

A Secretaria de Segurança Pública informou que as forças policiais estão acompanhando essa prática, que pode causar ferimentos, acidentes de trânsito e confusões devido à semelhança das réplicas com armas reais.

No final de agosto, um homem de 20 anos foi detido na capital paulista após apontar uma arma de brinquedo a policiais militares.

No dia 10 de setembro, 18 pessoas foram detidas, sendo seis menores de idade, após uma confusão envolvendo pistolas de bolinhas de gel no Jardim São Luís, zona sul de São Paulo.

Um homem foi atingido no rosto por um disparo de bolinha, o que gerou um tumulto no local. Dez armas falsas foram apreendidas.

Venda e comercialização

A venda dessas armas também é feita por redes sociais. Perfis encontrados pela CNN mostram vídeos de crianças adquirindo os produtos, comercializados por valores entre R$ 300 e R$ 350.

Venda das armas de brinquedo nas redes sociais • Reprodução/Redes sociais

A comercialização de réplicas de armas que possam ser confundidas com armas de fogo é vedada pelo Estatuto do Desarmamento.

A SSP alerta que a posse desses objetos pode gerar reações por parte de autoridades ou terceiros em emergências.

A Polícia Militar já reforçou o policiamento em áreas onde esse tipo de atividade tem sido frequente.

thomaz.sousa

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