Igreja Católica avança para a fase de implementação do Sínodo da Sinodalidade
Na sexta-feira (25/04/2025), a Igreja Católica anunciou os próximos passos do Sínodo da Sinodalidade, iniciado em 2021 e concluído, em sua primeira grande fase, com a publicação do documento final da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, em outubro de 2024. A nova etapa foca a implementação local das diretrizes, visando consolidar práticas de comunhão, participação e missão em todas as estruturas eclesiais.
Em 11 de março de 2025, o Papa Francisco(1936-2025) aprovou oficialmente o lançamento do processo de acompanhamento e avaliação da implementação das orientações sinodais. A carta do Secretário Geral do Sínodo, Cardeal Mario Grech, publicada em 15 de março de 2025, detalhou que a nova fase deverá envolver Dioceses, Eparquias, Conferências Episcopais, Igrejas Orientais Católicas, Institutos de Vida Consagrada, movimentos e novas comunidades.
Implementação e recepção das diretrizes
O Vaticano ressaltou que a implementação das diretrizes não será uma aplicação mecânica, mas sim um processo de recepção, respeitando as culturas locais e as necessidades específicas das comunidades. A intenção é fortalecer o envolvimento dos fiéis e valorizar os frutos da escuta e do discernimento realizados na Assembleia Sinodal.
A decisão de não convocar imediatamente um novo Sínodo foi interpretada como uma escolha estratégica para consolidar o caminho sinodal já iniciado. O Papa Francisco enfatizou que essa etapa visa a fortalecer a comunhão entre as Igrejas locais e aprofundar a vivência concreta da sinodalidade, em sintonia com o Espírito Santo.
Cronograma da implementação
A coordenação das atividades seguirá um cronograma específico:
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Março de 2025: Anúncio do processo de acompanhamento e avaliação.
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Maio de 2025: Publicação do Documento de Apoio para implementação.
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Junho de 2025 a Dezembro de 2026: Implementação nas Igrejas locais.
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24 a 26 de outubro de 2025: Jubileu das Equipes Sinodais e dos Órgãos de Participação.
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Primeiro semestre de 2027: Assembleias de avaliação nas dioceses e eparquias.
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Segundo semestre de 2027: Assembleias nas conferências episcopais e estruturas orientais.
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Primeiro semestre de 2028: Assembleias continentais de avaliação.
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Junho de 2028: Publicação do Instrumentum Laboris para a Assembleia Eclesial.
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Outubro de 2028: Celebração da Assembleia Eclesial no Vaticano.
Papel das instâncias eclesiais
O novo itinerário requer que cada instância eclesial — diocesana, nacional, continental — assuma responsabilidade ativa no processo de aplicação, avaliação e acompanhamento das diretrizes. O compromisso das estruturas locais será fundamental para o êxito da proposta de Igreja sinodal delineada pelo Papa Francisco.
Escuta e discernimento
A Coordenação Geral Arquidiocesana de Pastoral da Arquidiocese de Feira de Santana destacou que o momento atual exige um fortalecimento da cultura de escuta e discernimento, promovendo uma Igreja mais inclusiva, corresponsável e aberta às novas realidades.
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Carlos Augusto, diretor do Jornal Grande Bahia