Investigação preliminar confirma que míssil russo causou a queda do avião da Azerbaijan Airlines sobre o Cazaquistão

A aeronave da Azerbaijan Airlines, que caiu após ser atingida por um míssil russo durante uma tentativa de aterragem de emergência perto de Aktau, no Cazaquistão.

Uma investigação preliminar revelou que o voo 8432 da Azerbaijan Airlines, que caiu em 25 de dezembro de 2024, foi atingido por um míssil russo. O acidente resultou na morte de 38 pessoas, incluindo passageiros e membros da tripulação. O voo, que havia partido do Azerbaijão com destino a Moscovo, estava tentando realizar uma aterragem de emergência nas proximidades de Aktau, no Cazaquistão, quando a tragédia ocorreu.

Fontes governamentais do Azerbaijão confirmaram à Euronews que o míssil disparado contra a aeronave foi parte de uma operação de defesa aérea russa, realizada durante uma atividade de drones sobre Grozny, na Chechênia. De acordo com as autoridades, o impacto dos estilhaços do míssil causou danos à fuselagem do avião, resultando na falha do sistema de navegação e na incapacidade de realizar uma aterragem segura. O pedido de aterragem de emergência foi negado pelas autoridades russas, que instruíram os pilotos a desviar para o Cazaquistão, atravessando o Mar Cáspio, apesar das condições adversas.

As fontes também detalharam que o míssil foi disparado de um sistema de defesa aérea Pantsir-S, com o impacto ocorrendo enquanto o voo passava sobre o território checheno. Na mesma manhã, a Chechênia foi alvo de um ataque de drones ucranianos, mas, segundo o chefe do Conselho de Segurança da Chechênia, Khamzat Kadyrov, não houve vítimas ou danos relacionados.

Este incidente lembra o trágico acidente de 2014, quando o voo MH17 da Malaysia Airlines foi abatido por um míssil no leste da Ucrânia. Se confirmadas as circunstâncias, este será o segundo caso em uma década em que forças russas destruíram um avião comercial, com vítimas de diversos países, incluindo cidadãos russos.

Embora a investigação inicial tenha fornecido algumas informações, há uma expectativa crescente de que uma análise mais profunda esclareça os motivos do disparo do míssil, o bloqueio dos sistemas de navegação e a decisão de redirecionar a aeronave para uma zona de risco com danos graves. A investigação, que envolve autoridades de diversos países, poderá revelar mais detalhes sobre a falha no processo de comunicação e o tratamento dado à situação de emergência.

*Com informações da Euronews.


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Carlos Augusto, diretor do Jornal Grande Bahia

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