Ministro Silvio Costa Filho considera fusão entre Azul e Gol positiva para redução de tarifas aéreas
Durante evento com jornalistas em Brasília na última quinta-feira (16/01/2025), o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, comentou sobre a fusão entre as companhias aéreas Azul e Gol, afirmando que a parceria pode trazer benefícios econômicos ao Brasil, principalmente no que se refere ao controle dos preços das passagens aéreas. De acordo com o ministro, a fusão entre as duas empresas pode contribuir para a redução de tarifas ao aumentar a ocupação dos assentos nas aeronaves, evitando que voos operem com alta quantidade de vagas não preenchidas.
A expectativa do ministro é que a parceria leve a um aumento no fluxo de passageiros, sem acarretar em aumentos abusivos nos valores das passagens.
“Ela [a fusão] pode ser positiva, evitando aumento da passagem porque, juntas, evitam voos saindo vazios”, declarou Costa Filho, ressaltando que, em 2024, 16% dos assentos disponíveis nas aeronaves estavam desocupados. O ministro comparou a fusão entre Azul e Gol com as federações partidárias, onde entidades diferentes se unem mantendo a autonomia financeira e a governança de cada uma.
A parceria foi formalizada por meio da assinatura de um memorando de entendimento entre a Azul e a Abra, holding que controla a Gol. Caso a fusão seja concretizada, a nova empresa pode assumir mais de 60% do mercado aéreo nacional. No entanto, para que a fusão se efetive, ela ainda precisa ser aprovada pelo Cade, que avalia se a operação apresenta riscos para a concorrência. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) também tem um papel de fiscalização na análise do processo.
Costa Filho se mostrou otimista quanto à aprovação da fusão, mas garantiu que o Cade, a Anac e outros órgãos reguladores farão a devida fiscalização para assegurar que não ocorram aumentos indevidos nos preços das passagens. O ministro ainda destacou que a preservação dos empregos no setor e o fortalecimento da malha aérea nacional são prioridades do governo, em um cenário que, segundo ele, seria mais grave caso as empresas enfrentassem dificuldades financeiras e fossem forçadas a encerrar suas operações.
*Com informações da Agência Brasil.
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Redação do Jornal Grande Bahia