Ministros Margareth Menezes e Geraldo Alckmin inauguram seminário sobre futuro do audiovisual no Brasil
O Seminário Economia do Audiovisual e Interseccionalidades, que discute o futuro da indústria audiovisual no Brasil, teve sua abertura na segunda-feira (29/10/2024), na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, com presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. O evento ocorre até o dia 30 de outubro de 2024 e busca debater diretrizes e metas para o setor audiovisual nacional para o período de 2025 a 2034.
Promovido pela Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, o seminário integra a elaboração do Plano de Diretrizes e Metas do Audiovisual Brasileiro, documento estratégico que guiará políticas públicas voltadas ao fortalecimento da indústria cultural. Durante o encontro, representantes do governo e de instituições do setor discutem temas como economia criativa, interseccionalidade, sustentabilidade e inovação, essenciais para o desenvolvimento da produção audiovisual nacional.
O vice-presidente Geraldo Alckmin destacou, em seu discurso na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), a importância da indústria criativa para o crescimento econômico e social do país. Segundo Alckmin, a indústria do audiovisual é fundamental para preservar a memória coletiva do Brasil, além de ser um setor estratégico na geração de empregos e renda. Ele citou a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como instituições-chave no apoio ao desenvolvimento do setor cultural e na expansão do audiovisual brasileiro no mercado global.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, ressaltou o compromisso do governo federal com a construção de políticas públicas estruturantes para o setor cultural, destacando o papel do audiovisual na promoção de uma sociedade justa e democrática. Segundo Menezes, o governo busca fomentar pactuações e novas estruturas que promovam a diversidade e a inovação no setor. Ela enfatizou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva compartilha essa visão, com foco em uma gestão que valorize a diversidade cultural do país e que promova o acesso democrático à produção e ao consumo de conteúdo audiovisual.
A cerimônia de abertura do seminário contou também com a presença de Dora Mourão, diretora-geral da Cinemateca Brasileira, Paulo Roberto Schmidt, diretor do Sindicato da Indústria Audiovisual do Estado de São Paulo, e Ricardo Capelli, presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial. Os participantes contribuíram com perspectivas sobre o impacto do audiovisual na economia e na cultura, além de reforçarem a importância de uma gestão pública focada na valorização do patrimônio audiovisual.
O evento, ao reunir profissionais e representantes do setor, visa também à troca de conhecimentos e experiências para enfrentar os desafios e oportunidades da indústria audiovisual nos próximos anos. As discussões incluem o fortalecimento do audiovisual brasileiro como ferramenta para ampliação da diversidade e a criação de uma infraestrutura que permita a expansão das produções nacionais no cenário global. O seminário deverá ainda fomentar o diálogo sobre como adaptar as políticas culturais e estratégias de financiamento para garantir a sustentabilidade do setor.
A expectativa é que as conclusões e proposições resultantes das discussões no seminário contribuam para a formulação de políticas públicas que consolidem o audiovisual brasileiro como setor competitivo e inovador. O Plano de Diretrizes e Metas do Audiovisual Brasileiro, a ser consolidado a partir desse debate, tem o objetivo de fortalecer o setor nos próximos dez anos, promovendo um ambiente que estimule a criatividade e a sustentabilidade das produções nacionais.
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Redação do Jornal Grande Bahia