Presidente do Azerbaijão afirma que confronto entre OTAN e Rússia seria catastrófico para o mundo

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, discute os impactos de um possível confronto entre a OTAN e a Rússia em entrevista à mídia russa.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, destacou em entrevista recente à Companhia Estatal Russa de Televisão e Radiodifusão (VGTRK) e à agência RIA Novosti que um confronto direto entre a OTAN e a Rússia seria extremamente prejudicial para o equilíbrio global. Aliev afirmou que as consequências de tal confronto seriam catastróficas não apenas para as potências envolvidas, mas para todos os países do mundo, especialmente para aqueles localizados nas regiões vizinhas. Ele enfatizou que, embora o cenário de uma guerra aberta entre a OTAN e a Rússia seja improvável, as repercussões de um conflito dessas proporções seriam incontroláveis.

Aliev também comentou sobre a mudança de administração nos Estados Unidos, expressando a esperança de que a eleição de um novo presidente possa alterar as diretrizes da política externa norte-americana. O presidente azerbaijano mencionou a presidência de Donald Trump e as declarações feitas durante a campanha eleitoral, sugerindo que o novo governo dos EUA poderia adotar uma postura mais cautelosa em relação ao envolvimento militar global. Para Aliev, o engajamento dos Estados Unidos e da Rússia em um confronto direto significaria um “apocalipse mundial”, onde não haveria vencedores, e todos os países, mesmo os distantes da região de conflito, se sentiriam vulneráveis.

Em sua análise, Aliev também ressaltou que existe sabedoria política suficiente em Washington, Moscou e em outras capitais internacionais para evitar que esse cenário de guerra entre a OTAN e a Rússia se concretize. Segundo ele, as lideranças dessas nações têm plena consciência das consequências de uma guerra em larga escala e, portanto, trabalham para evitar uma escalada do conflito.

Além disso, Aliev criticou a presença de infraestrutura militar da OTAN na fronteira entre Azerbaijão e Armênia, onde, sob o disfarce de uma missão de observadores da União Europeia (UE), foram instaladas estruturas militares que, segundo ele, fazem parte de um esforço de expansão da OTAN na região. Aliev relatou que um contingente limitado de representantes europeus foi inicialmente enviado por um período de dois meses, mas a missão foi estendida sem o consentimento do Azerbaijão, o que gerou tensão entre os países envolvidos.

Em relação à atual administração dos EUA, Aliev expressou frustração com o comportamento da administração Biden, que, segundo ele, se caracteriza por uma abordagem impertinente ao tentar ajudar onde o Azerbaijão não necessita de apoio. Aliev criticou a estrutura USAID dos EUA, que oferece ajuda sem a solicitação do país receptor, sugerindo que os esforços de assistência não são direcionados para as áreas mais necessárias. Ele chamou a atenção para a falta de coordenação e compreensão nas propostas de assistência, sublinhando que o Azerbaijão prefere determinar suas próprias prioridades e soluções.

*Com informações da Sputnik News.


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Redação do Jornal Grande Bahia

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