Primeira nacelle da Goldwind fabricada na Bahia marca avanço no setor eólico nacional

Unidade da Goldwind em Camaçari conclui produção da primeira nacelle fabricada fora da China, impulsionando o setor de energia renovável no Brasil.

A Goldwind, multinacional chinesa e uma das maiores fabricantes de turbinas eólicas do mundo, anunciou a conclusão da produção da primeira nacelle fabricada em sua unidade industrial de Camaçari, Bahia, nesta sexta-feira (06/12/2024). O componente, que atende às exigências do programa BNDES FINAME, foi concluído em tempo recorde, marcando um momento significativo para a transição energética no Brasil.

A informação foi divulgada pelo vice-presidente da Goldwind no Brasil, Roberto Veiga, e pelo gerente da unidade, Maurício Froner, durante visita à Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE). Para o secretário Angelo Almeida, a produção simboliza o papel estratégico do estado na geração de energia renovável.

“A Bahia lidera em fontes renováveis, com destaque para a energia eólica, que representa 52% da potência instalada do estado. A transição energética impulsiona o desenvolvimento econômico e social, além de gerar empregos e promover a inclusão em regiões menos favorecidas, como o semiárido baiano”, destacou Almeida.

Roberto Veiga reforçou a relevância da Bahia para os planos futuros da empresa. “O estado possui cerca de 70% do potencial eólico nacional, além de contar com o apoio institucional necessário para viabilizar investimentos. Finalizar o primeiro componente aqui na Bahia é um marco para nós”, afirmou.

A nacelle, elemento central do aerogerador, é responsável por abrigar o gerador e os sistemas mecânicos, conectando-se ao rotor que transforma o movimento do vento em energia.

A Bahia se consolida como líder nacional na geração de energia eólica, responsável por mais de 35% da geração total no país em 2024, até setembro, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). O estado conta com 354 usinas em operação, espalhadas por 35 municípios, somando uma potência instalada superior a 10,5 gigawatts (GW), fruto de um investimento superior a R$ 50 bilhões.

Além disso, 28 usinas em construção adicionam 1,3 GW à capacidade instalada, com aporte de R$ 6 bilhões. Outras 216 usinas, ainda em fase de planejamento, deverão entrar em operação até 2030, com projeção de gerar 8,6 GW e atrair investimentos de aproximadamente R$ 55 bilhões.


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Carlos Augusto, diretor do Jornal Grande Bahia

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