Proibição de celulares em escolas no RJ aumentou foco dos alunos, diz secretário à CNN
A proibição do uso de celulares nas escolas do Rio de Janeiro tem apresentado resultados positivos, segundo o secretário de Educação do estado, Renan Ferreirinha.
Em entrevista ao CNN 360°, ele afirmou que a medida, implementada no início do ano letivo, contribuiu para aumentar o foco, a concentração e a interação social entre os alunos.
De acordo com Ferreirinha, a decisão foi baseada em um relatório da Unesco do ano passado, que alertou sobre a “epidemia de distração” enfrentada pelos estudantes.
“A gente tem observado que para criança, para adolescente, é ainda pior, porque eles não possuem um repertório de experiências para conseguir discernir, conseguir colocar limites, conseguir colocar regras”, explicou o secretário.
Impacto positivo na aprendizagem e socialização
Os resultados da medida têm sido “extremamente satisfatórios”, segundo Ferreirinha. Ele destacou melhorias no aprendizado adequado em matemática e português, além de uma maior interação social entre os alunos durante os intervalos e recreios.
“A escola não é só local de aprendizagem, obviamente isso é muito importante, aprender português, aprender matemática, mas também é muito importante interagir com os amigos, socializar, ter o recreio, ter o intervalo, funcionando da melhor forma possível”, ressaltou o secretário.
Adaptação e apoio da comunidade escolar
Ferreirinha relatou que a implementação da medida passou por um processo de adaptação natural. Segundo ele, 95% dos responsáveis pelos alunos foram simpáticos à iniciativa desde o início.
Para os professores e educadores, a proibição foi vista como uma medida importante, que ajuda a manter a concentração dos alunos e a boa interação entre estudantes e docentes.
O secretário enfatizou que a medida não é contra o uso da tecnologia na educação, mas busca promover uma utilização responsável e consciente.
“O professor pode sempre permitir que o celular possa ser utilizado desde que tenha intencionalidade pedagógica, desde que seja utilizado, por exemplo, para fazer uma pesquisa, para fazer um trabalho em grupo”, explicou.
A experiência do Rio de Janeiro tem chamado a atenção do Ministério da Educação, que tem acompanhado os resultados com interesse.
Ferreirinha destacou que a rede municipal de ensino do Rio é a maior da América Latina, com 1.557 escolas e 650 mil alunos, o que torna a iniciativa ainda mais significativa.
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