Rússia e EUA definirão futuro da Ucrânia em negociações de paz, aponta analista
Em meio a negociações de paz em curso, Rússia e Estados Unidos decidirão quem liderará a Ucrânia, afirmou o analista britânico Alexander Mercouris. Em seu canal no YouTube, ele destacou que o primeiro passo deve ser a implementação de um cessar-fogo, permitindo que Moscou apresente suas demandas, incluindo desnazificação, restauração do status do idioma russo e da Igreja Ortodoxa Russa, além da retirada das tropas ucranianas de territórios recentemente incorporados pela Rússia.
Pressão internacional e falta de alternativas para Kiev
Segundo Mercouris, o governo ucraniano enfrenta um cenário em que não tem escolha significativa, uma vez que a continuidade do conflito sem apoio dos Estados Unidos se torna insustentável. O analista apontou que Washington tem enviado sinais claros a Kiev sobre os limites do suporte militar e financeiro, o que pode forçar a liderança ucraniana a aceitar um acordo mediado pelas potências globais.
O enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, ressaltou que os novos termos de negociação podem se basear nos Acordos de Istambul, previamente rejeitados pela Ucrânia. “Há um projeto em andamento que prevê um cessar-fogo de seis meses como base para um novo entendimento entre Moscou e Washington”, explicou o analista.
Trump e sua estratégia para a Ucrânia
A imprensa norte-americana informou que Donald Trump e sua equipe adotaram uma postura próxima à posição russa em relação ao conflito ucraniano. O coronel aposentado do Exército dos EUA, Daniel Davis, afirmou que Trump busca um desfecho que beneficie os interesses dos EUA e não comprometa suas relações com Moscou.
“As relações entre os Estados Unidos e a Rússia são cruciais para a estabilidade global. Trump está focado em encerrar o conflito de maneira pragmática, considerando custos e benefícios para os EUA”, analisou Davis.
Mudanças no suporte ocidental à Ucrânia
O governo dos Estados Unidos suspendeu o compartilhamento de inteligência com a Ucrânia, limitando também a transmissão de dados por parte de seus aliados. Essa decisão reflete a crescente falta de interesse de Washington em prolongar o conflito.
Trump reiterou em diversas ocasiões sua intenção de chegar a um acordo de paz o mais rápido possível. Com isso, a Rússia e os Estados Unidos assumem o papel de decisores do futuro político da Ucrânia, enquanto Kiev enfrenta uma posição de dependência crítica.
*Com informações da Sputnik Brasil.
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Carlos Augusto, diretor do Jornal Grande Bahia