Salvador: Exposição de Aislan Pankararu na Casa Rosa tem visitação estendida e programação de atividades especiais

A exposição “Caatinga Fractal e o Encontro da Terra Seca, Água Doce e Água Salgada”, do artista Aislan Pankararu, permanecerá em exibição na Casa Rosa, em Salvador, até o dia 23 de março de 2025. A mostra, que foi inaugurada em fevereiro, tem como proposta refletir sobre as cores e os biomas do Nordeste, destacando a caatinga e suas conexões com a cultura e a ancestralidade de Pankararu. A visitação, gratuita, ocorre de terça a domingo, das 13 às 19 horas.

A curadoria da exposição é de Brás Moreau Antunes e inclui obras também de Alberto Pitta e Carlinhos Brown. O espaço conta com acessibilidade arquitetônica e recursos de audiodescrição, tornando a arte mais inclusiva. Além disso, a programação foi ampliada, com visitas guiadas com tradução em Libras, que acontecem no dia 15 de março, às 15h e 17h. No dia 18 de março, será exibido o filme “Rama Pankararu”, às 17h, seguido por um bate-papo com Aislan Pankararu, Brás Moreau Antunes e convidados, às 19h.

A exposição apresenta a obra “A Redescoberta”, uma pintura sobre tecido de grandes dimensões (6,10 por 3,80 metros), que já foi exibida no Paço Imperial, no Rio de Janeiro, como parte da mostra do Prêmio PIPA 2024. Além dessa obra, há uma série de 10 pinturas inéditas feitas na Bahia, com dimensões de 60 por 90 centímetros, com títulos que fazem referência à experiência do artista com a caatinga, como “Força da caatinga” e “O poder do semiárido”.

Aislan Pankararu, nascido em 1990, é reconhecido no cenário das artes visuais. Ele foi premiado no XV Prêmio PIPA de Arte Contemporânea, em 2024, e tem obras expostas em locais como Inhotim e outras importantes mostras nacionais e internacionais, como em São Paulo, Londres e Nova Iorque. O artista, originário do povo Pankararu, funde sua experiência de pintor, escultor e médico para criar um trabalho que resgata suas raízes e sua conexão com o bioma da caatinga.

No contexto de suas obras, Aislan destaca que a criação de suas pinturas de 2024 reflete uma volta ao uso de cores vibrantes, após um período de afastamento dessa abordagem. Ele menciona que sua conexão com Salvador e o Nordeste foi crucial para esse retorno ao uso das cores, que para ele expressam a cultura e as vivências dessa região.

A programação de atividades também inclui a exibição do filme “Rama Pankararu”, uma produção de Pedro Sodré, que retrata a resistência da comunidade indígena Pankararu. O filme, lançado em 2022, é baseado em fatos reais e foi produzido com a participação de membros da própria comunidade, como Bia Pankararu, uma ativista e produtora cultural.

A exposição tem atraído o público não apenas pela relevância de seus temas, mas também pela interatividade e acessibilidade oferecidas, permitindo que diferentes grupos de pessoas possam ter acesso à arte e ao conhecimento cultural promovido por Aislan Pankararu.


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Redação do Jornal Grande Bahia

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