Brasil registra 6,5 milhões de casos prováveis de dengue em 2024; Número de óbitos soma 5.867

O Ministério da Saúde intensifica ações de conscientização para combater as arboviroses.

O Brasil enfrenta um crescimento no número de casos de dengue em 2024, com um total de 6.588.586 registros prováveis da doença, conforme dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. O coeficiente de incidência da dengue no país é de 3.244,6 casos a cada 100 mil habitantes, refletindo uma disseminação significativa do vírus em diversas regiões. Até o início de dezembro, o número de óbitos por dengue no Brasil chegou a 5.867.

O Distrito Federal lidera os índices de incidência, com um coeficiente de 9.879,5, somando 278.311 casos prováveis. O estado de Minas Gerais ocupa o segundo lugar, com um coeficiente de 8.234,0 e um total de 1.691.160 casos, superando São Paulo em número de casos, que registra 2.147.916 infecções. As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste apresentam os maiores números de casos graves e com sinais de alarme, destacando São Paulo com 26.577 casos, seguido por Minas Gerais com 15.810. O Paraná e o Distrito Federal completam a lista dos estados com maior número de casos graves.

Em relação à faixa etária mais afetada, os dados indicam que a maioria dos casos prováveis de dengue em 2024 concentram-se na faixa etária de 20 a 29 anos, com 647.638 casos registrados. O Ministério da Saúde também registrou casos de outras arboviroses, como chikungunya, com 264.082 casos prováveis e 210 óbitos, Zika, com 6.415 casos prováveis e sem mortes, e oropouche, com 9.563 casos confirmados e dois óbitos.

Para combater o avanço das arboviroses, o Ministério da Saúde iniciou a segunda etapa de um plano de ação com foco na conscientização da população sobre os sintomas da dengue, zika e chikungunya. O plano inclui uma campanha com o slogan “Tem sintomas? A hora de ficar atento à dengue, zika e chikungunya é agora”, que orienta a população a procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) caso apresentem sintomas como febre, manchas vermelhas no corpo, dor de cabeça e dor atrás dos olhos. As ações de conscientização e combate contam com a colaboração de estados, municípios, instituições públicas e privadas, além de organizações sociais.

O governo federal anunciou um investimento de R$ 1,5 bilhão para o combate às arboviroses, com a implementação de seis eixos de atuação: prevenção, vigilância, controle vetorial, organização da rede assistencial, manejo clínico, preparação e resposta às emergências, e comunicação com a participação comunitária. O plano foi elaborado por profissionais de saúde, pesquisadores e gestores, visando enfrentar a epidemia de dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.


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Redação do Jornal Grande Bahia

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