Morre o pesquisador e ator baiano Antônio Godi aos 72 anos
A Secretaria Estadual de Cultura da Bahia (SecultBA) divulgou neste sábado (15/03/2025) uma nota de pesar pelo falecimento de Antônio Godi, ocorrido aos 72 anos. O pesquisador, diretor e ator teve uma trajetória marcada pela defesa da cultura negra e pelo uso do teatro como ferramenta de reflexão social.
Contribuições para o teatro baiano
Desde o final da década de 1960, Godi utilizou o teatro para abordar questões étnicas, sociais e culturais, em um contexto de censura e repressão durante a ditadura militar. Em 1976, participou da criação do Grupo de Teatro Palmares Iñaron, um dos primeiros coletivos a destacar o protagonismo negro no teatro baiano.
Ao longo de sua carreira, contribuiu para a formação de diversos agentes culturais, ampliando o debate sobre identidade e resistência cultural. Sua atuação influenciou movimentos antirracistas e promoveu a valorização da história e da cultura afro-brasileira.
Atuação acadêmica
No campo acadêmico, Antônio Godi consolidou-se como antropólogo e ensaísta. Durante anos, lecionou na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), onde foi um dos principais nomes na discussão sobre cultura e contemporaneidade. Entre suas contribuições está a fundação do SAMBA (SócioAntropologia da Música Baiana) e a coordenação do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Contemporaneidade.
De 2007 a 2011, integrou o Conselho Estadual de Cultura da Bahia (CEC), contribuindo para a formulação de políticas culturais voltadas à valorização da herança afrodescendente no estado.
Homenagens e legado
A SecultBA destacou o impacto de Godi na cultura baiana e expressou solidariedade a familiares, amigos e alunos. Seu legado permanece na formação de novas gerações de artistas e pesquisadores, que seguem suas reflexões sobre cultura e identidade.
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Carlos Augusto, diretor do Jornal Grande Bahia