Bombardeios e disparos de foguetes comprometem funcionamento dos hospitais em Gaza
Nesta terça-feira (20/08/2024), a comunidade humanitária confirmou a intensificação dos bombardeios por forças de Israel sobre a Faixa de Gaza, abrangendo ataques aéreos, terrestres e navais. O aumento da violência resultou em um número crescente de vítimas civis, deslocamento forçado de residentes e destruição significativa de infraestruturas essenciais.
A situação nas áreas orientais de Khan Younis e Deir al Balah é particularmente crítica, com incursões terrestres e combates pesados, além de disparos de foguetes por grupos armados palestinos contra Israel, conforme relatado pelo Escritório da ONU de Assistência Humanitária (Ocha). A funcionalidade dos hospitais e centros de saúde foi severamente comprometida pela escassez de combustível e suprimentos médicos, afetando especialmente o norte de Gaza.
No Hospital Al Awda, o diretor Mohamed Saleh anunciou a suspensão das operações cirúrgicas devido à falta de combustível, que compromete a capacidade da unidade de realizar procedimentos essenciais. A situação é semelhante no Hospital Kamal Adwan, onde a falta de suprimentos médicos também ameaça a continuidade das operações.
O Ocha informou que 86% da Faixa de Gaza, equivalente a 314 quilômetros quadrados, foi colocada sob ordens de evacuação. A população local está sendo redirecionada para a zona de Al Mawasi, resultando em uma densidade populacional alarmante de 30 a 34 mil pessoas por quilômetro quadrado, em contraste com cerca de 1,2 mil pessoas por quilômetro quadrado antes do início do conflito em 7 de outubro.
A crise é agravada pela superlotação, insegurança, infraestrutura em ruínas e a falta de serviços básicos. A última ordem de evacuação israelense afetou aproximadamente 13,5 mil palestinos em 18 locais, incluindo o Acampamento de Refugiados de Al Maghazi e vários bairros em Deir al Balah. A escassez de combustível também está impedindo o funcionamento de ambulâncias, especialmente no norte de Gaza, e adiando cirurgias essenciais.
*Com informações da ONU News.
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Redação do Jornal Grande Bahia